mais um adjetivo para volúvel ->
4.11.2006

sim, é um post [realmente] complicado
[assim como eu]
minha mãe, ainda agorinha:
- acredoce, minha filha, vai dormir.
a pergunta é: como? desde sexta-feira que eu não consigo. a partir de sábado, literalmente, não prego o olho. eu sou um zumbi com traços vagamente humanos. olhos inchados [não é só da falta de sono, não...], injetados [nem fumei maconha], cabelos que se recusam a ficar bonitos e no lugar e pés mais pesados que a alma.
as razões: muitas. dia desses eu li que "sempre [fui] complicada" num e-mailzinho descabido [atire a primeira pedra que tiver a vida simples aí]. não posso negar, não é mesmo? resolvi abrir os braços e berrar então: "é isso mesmo! vai encarar?"
comentários e uma razão em especial a parte [lembra do post da mágoa? agora inverte a situação.], no sábado houve algo bizarro [óbito na família], com um velório de 15 minutos [?!?!?!?!] com onze pessoa em que só uma realmente estava emocionada [a mãe] e enterro a jato [absolutamente surreal] no fim da tarde, último do dia, com direito a tudo o que há de mais estranho, incluindo covas abertas, nojeiras ao estilo C.S.I. e piadas mórbidas da minha avó:
- ô, acredoce, vamos sentar aqui nessa tumba e ficar batendo papo até a meia-noite? se eu morrer é só me jogar numa dessas valas abertas. [berra para os funcionários na entrada do cemitério] fecha essa p*rra que eu e minha neta vamos ficar!
[minha avó nunca foi muito boa com piadas.]
conseqüências: desde desse dia em diante eu fico acordada, olhando para o teto [chorando bicas]. não, eu não acho que existem fantasmas no armário ou embaixo da cama. é só que... a bosta do morfeu perdeu a bosta do meu endereço. eu fico tentando ler - o que é impossível quando a única coisa que reverbera na mente é "quero dormir! estamos cansados!" vindo dos meus neurônios. e fico tentando não pensar [porque eu descobri que pensar, durante certos momentos, é uma das coisas mais dolorosas].
aí, eu me levanto às seis da manhã e fico jogando dominó online no yahoo! americano, atraindo todo o tipo de adolescente e velho pervertido que tenta praticar - o ridículoooooo - sexo virtual, entre a contagem das plaquinhas. agora responde: como é que entre a matemática e o java applet alguém consegue se masturbar, hein?
[testa dizer que é do brasil nessas porcarias? é um ímã de malucos...]
mas amanhã é outro dia... vou sair de casa às 7, para o maravilhoso programa: mercado de peixe fedido e lotado na semana da páscoa. ê.
existe um lado positivo:
meu pai que acabou de aprender a piada "e o kiko? -- kiko'u tenho a ver com isso!".
ele fala para a caixa do supermercado, para minha irmã, para minha mãe, para mim... e morre de rir, sozinho. não precisa nem haver diálogo. ele pergunta e responde assim, do nada.
depois eu digo que minha vida é surreal. e complicada.
e como é possível dormir com um barulho desses?
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 4/11/2006 11:15:00 PM
|
