mais um adjetivo para volúvel ->
4.07.2006
eu saio, eu volto.
eu ensaio.
e vou de novo.
é simples assim.
ontem eu estava sem a mínima paciência para o spinning - e por que, eu pergunto, colocar backstreet boys para tocar por 30 minutos? - sentindo um peso enorme nas pernas.
- professora...
- fala, acredoce.
- eu vou ter que diminuir a carga. não estou aguentando.
(a professora olha a bicicleta e começa a rir):
- acredoce, a bicicleta já está sem carga.
a única ladeira que eu subo, continuando assim, é a do cemitério. carregada, ainda por cima.
depois de também tentar relaxar na aula de alongamento, voltei para casa procurando alguma coisa para fazer. um sentimento de: eu venderia a alma ao demo por uma noitada de arrepiar os inexistentes cabelinhos do sovaco. não literalmente. foi uma força de expressão. queria somente dizer que desejava com ardor me divertir.
"tem funk lá no..."
nah.
"putz, tem uma festinha..."
quanto?
"ah, uns 30 re--"
nah.
"você é um porre."
*risos*
só sei que acabei saindo lá pela meia-noite para uma festa vip em ipanema - que acabou sendo leblon. vip de very important people mesmo. onde você fica sabendo que aquele cara gostosão da novela é namorado daquele diretor super gayzinho. foi só uma forma de exemplificar. ele não é gay, não. é macho pacas.
aí eu fico na festa, bebendo, dizendo que "essa vai ser a última caipirinha" quando eu sei bem que não, não vai ser.
e fingindo que pertenço ao seleto grupo - essa é a parte maravilhosa. então, estou eu na pistinha de dança e alguém diz: "eu vi você naquela peça!". eu, já meio torta, olho. sorrio? e não é que é uma celebridade b? reconhecendo uma não-celebridade? aquilo foi o ponto alto da minha noite. ficamos de papo - duas pessoas meio embebidas em álcool - sobre o mercado teatral. aquilo foi absolutamente surreal. ainda bem que não havia uma câmera presente.
lapsos de memória depois, amanhecendo, eu me levanto do sofá em que fiquei de papo com a celebridade b que virou meu fã, após rápida troca de telefones. ia me dar ao trabalho de sair à francesa mas, devo ser coerente: ninguém ali tinha idéia de quem eu era. e após pegar alguns chuviscos para obter a energia a fim de dirigir de novo para a minha quase-pacata cidade, eu vou embora.
mas parei na saída da portaria.
...
sabe há quanto tempo eu não via um amanhecer na praia?
nem eu.
foi bonito pacas.
:)
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 4/07/2006 05:08:00 PM
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