mais um adjetivo para volúvel ->
3.15.2006
estava conversando com Lobato ontem sobre a minha epopéia monográfica:
- o disquete coma minha correção não abriu.
Lobato pega um cigarro.
- Olha, acredoce, você vai ter que ver com o técnico como abrir.
- Não, Lobato, o disquete queimou. Quebrou. Caput.
Ele sobe para a coordenação comigo em silêncio. Suddenly, eu me sinto com cinco anos de idade querendo a aprovação e o sorriso de um verdadeiro adulto.
Lobato entra em silêncio na micro sala, liga o computador.
- acredoce, eu gravei direto no disquete.
Na minha cabeça surgiu um grito de dor, de revolta, imaginando como uma pessoa faz isso, como um ser grava algo diretamente no disquete, sem fazer cópia no computador.
- E então, Lobato?
Ele lê uns e-mails, acho que também em choque pensando ter a aluna mais azarada no mundo como orientada.
- Venha aqui amanhã e veja se consegue abrir o disquete. - era claro que ele mesmo não conseguia acreditar nisso.
Eu saí, meio desamparada. Obviamente, neste momento, todas aquelas pessoas que são falsas e adoram espalhar boatos de como eu estou abatida, ou cansada ou "parecendo derrotada" aparecem para falar comigo. E dividida entre a contade de chorar e o dever de parecer chiquérrima e sem uma preocupação no mundo, falei com cada uma.
Assim que me vi sozinha, andando pela rua, resolvi ligar para minha amiga e tentar achar uma solução:
- acredoce, por que você não levou o disquete e colocou no computador na frente dele? Ele deve achar que você está mentindo.
Indignada, eu tentava imaginar porque o indivíduo acharia que eu mentiria sobre a correção da minha monografia. Anyway... Outra ligação. Desligo uma para atender a outra. Pierre.
- acredoce!!!! Você sumiu!!!!
Eu? Não! Eu mando e-mails e ligo apra você perguntando se corrige meus textos, tentando marcar uma hora para poder me formar.
- Eu tenho que fechar a sua nota senão você vai ter que se matricular de novo!
- O QUÊ?!?!?! Nem a tapa, Pierre! EU tenho os comprovantes dos e-mails que te mandei e se você não recebeu nenhum dos mais de dez, eu -- (acredoce aqui joga verde) tenho os comprovantes de envio. Amanhã mesmo eu levo eles aí para você ver.
- Nãããããããããoooooo! Não precisa (acredoce repara que quem joga verde acaba colhendo maduro), eu acredito em você... Faz o seguinte, manda de novo agora.
- Agora eu estou na UFF. Tenho aula até as 18. Posso passar aí com uma cópia impressa mais os e-mails.
- Pra quê? - leve tremor na voz - Manda por e-mail, mesmo, até amanhã. Você tem que apresentar isso até o dia 24.
Daqui a uma semana.
Mandei no mesmo dia. Telefonei. Ele não atende. Mandei outro e-mail. Nada. Liguei mais cinco vezes, deixei três mensagens. Nada.
Estou com medo. MUITO medo.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/15/2006 08:01:00 PM
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