Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

1.19.2006

Aimee Mann - calling it Quits

He's a serious Mister
shake his hand and he'll twist your arm
with monopoly money
we'll be buying the funny farm

So I'll do flips, and get paid in chips
from a diamond as big as the Ritz--
then I'm calling it quits

Eyes the color of candy
lies to cover the handicap
though your slippers are ruby
you'll be led to the booby trap

And there's no prize,
just a smaller size
so I'm wearing the shoe til it fits--
then I'm calling it quits

Now he's numbering himself among the masterminds
cause he's hit upon the leverage of valentines
lifting dialogue from Judy Garland storylines
where get-tough girls turn into goldmines
But oh, those polaroid babies
taking chances with rabieshappy to tear me to bits--
well, I'm calling it quits
Yes, I'm calling it quits.

Bem ilustrado, o post. Opinião pessoal nesse meu país digital.

Ontem eu tive minha tão aguardada reunião com o pseudo-orientador (ou des-orientador, como minha mãe gosta de falar). Eu já havia entregue a monografia pronta há quase dois meses e aguardava até que o senhor terminasse de lê-la e se dignasse a conversar com a minha pessoa. Aguardei 20 minutos após a hora estipulada.

- Que milagre acredoce! O que está fazendo aqui?
- Bom, Pierre, eu marquei com você.
- Não!.... - cara fake de espanto - Eu não anotei isso na agenda.
- Não deixa de estar marcado.
- Tá... se você diz... - não. eu não "digo". há uma troca de e-mails comprovando. mas deixa pra lá, lesado.

Então ele pega a monografia. Dá uma lida em seus garranchos vermelhos que, incrivelmente, cortam frases, fazem diversos apontamentos como "organizar a casa/cabeça", ou o meu predileto "Dissertação? Não! Monografia!" (eu juro que existe no topo da página 12).

Em suma, ele parou de ler o trabalho no meio, alegando que eu sou prolixa demais, que o tema não está claro, que minha hipótese (que ele mesmo redigiu) não está clara, que o texto é truncado. Que eu me perco nas idéias e reluto em tocar no assunto. Que eu tenho FONTES DEMAIS. Que está MUITO LONGO.

Mexeu no meu texto. M-e-x-e-u-n-o-m-e-u-t-e-x-t-o. Logicamente que eu, critura calma, quase virei a mão no indivíduo. Comecei a falar que aquilo era absurdo, que ele não tem o direito. Perguntei quantos textos dele já haviam sido selecionados para integrar coletâneas, quantas redações dele foram uma das 3 no Brasil a receberem 100,00 e quantos jornalistas de alto escalão já o haviam elogiado como sendo "uma das pessoas mais inteligentes e com o texto mais prazeroso que já li".

- Pois é, né, Pierre.
- Essa quantidade de notas de rodapé é desnecessária.
- Você canetou meu pré-projeto dizendo que cada nome mencionado precisava de uma nota de rodapé. Que cada palavra que funcionasse minimamente como conceito precisava de nota de rodapé.
- Eu não disse isso.
- Não. Escreveu. Eu tenho isso por escrito.
- Então traga. - notei um tom desafiante.
- Tá, ué. Vou trazer até uma filmadora para registrar o momento.
*Pierre fecha a cara.*
- Você é irritante, p*rra.
- E você não é nada didático ou ético.
*Pausa.*
- Olha, acredoce, isto daqui é um trabalho de arqueologia. Você vai ter que ver o que presta disso tudo aqui. Pinçando com muito cuidado. Cortar muita baboseira. Senão você não apresenta e fica presa por mais um semestre. Será que você consegue?
- Amanhã a introdução de acordo com as suas modificações vai estar no seu e-mail. Caso seja o que você quer, continuo com a mutilação. Mas aviso: eu vou estar, na apresentação, com a minha versão embaixo do braço. Se alguém da banca vier me perguntar porque o texto é menor que os anexos ou porque das duas páginas de bibliografia só viram meia dúzia de livros, ou ainda dizer que é pobre em referência ou fundamentação, eu falo que foi você e ainda mostro todas essas correções.

Matemática infernal:

4 páginas - no mááááximo! - de introdução
20 páginas - estourando! - de fundamentação teória e avaliação dos laboratórios propostos.
3 páginas para a conclusão.
27.
Somando as outras 8 páginas de capas e afins, 35.
Com um anexo de 40 páginas.
Ou seja, dá para compreender?, eu preciso de um anexo que é maior do que a minha monografia.
Na minha versão, são 49 páginas. De texto.
Um corte de... - 49-27=... - 22 páginas.
Quase metade.
Um tenho a impressão de que, se o texto antes era truncado, agora vai virar código. Morse.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 1/19/2006 01:38:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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