mais um adjetivo para volúvel ->
10.05.2005
"depende"
minha psicóloga (uma mulher prafrentex com quem eu batia papos maravilhosos por mais do que os 60 minutos de consulta) costumava dizer que a melhor maneira de lidar com um medo é banalizá-lo: tornar aquilo uma coisa tão freqüente que, em pouco tempo, não daríamos mais atenção.
exemplo: eu tinha um medo surreal de cobras. não suportava nem ver aquela imagem, de longe, na televisão.
resultado: ontem mesmo eu vi um documentário sobre esse répteis esuisitíssimos e detestados por mim. mudei de canal 3 vezes, mas eu vi até um exemplar com chifres e chocalho (demoníaca...) sem morrer. a prova é estar escrevendo aqui e agora.
pois, então, volto ao ponto principal: a tal da banalização.
o fato é que tudo na vida pode ser banalizado. Ou melhor, quase tudo. Toda generalização é burra. eu penso da seguinte maneira: se existe algo bom, as falhas podem atrapalhar, mas não banalizar tudo ao ponto de "ah, que seja. tá.". aquelas 'coisinhas' recorrentes, aquelas maniazinhas, bobeirinhas, vai-e-volta, tudo isso acaba gerando uma certa insegurança que acaba por gerar um certo "bleh, tá bem", que é pura máscara para não sofrer.
{E todos nós sabemos que a máscara pode grudar no rosto com mais força do que a melhor super bonder.}
acaba que acaba, depois de um tempo. naquela morte aos poucos que - como eu sei que isso é verdade!... - mata mais do que a morte aos muitos. a loucura toma conta, a obsessão, nem se fala. tudo chega ao cume para depois descer, vertiginosamente, rumo ao fundo do poço, lugar em que os maiores medos do mundo se unem para cantar Crying como k.d. lang e roy orbison num repeat insuportável de cortar os pulsos com os dentes.
{The higher you fly...
The higher you fall.}
***
tidbit no msn:
* - porra, como assim? como é que você sabe?
acredoce - é, eu acho que é. gut feeling. logo agora. putz, tem que ser.
* - você é paranóica. tá precisando sair pra putaria.
acredoce - eu sei! diz alguma coisa nova! embora não tenha a mínima vontade de realizar a segunda parte da sua colocação que, por sinal, é pouco lisonjeira.
* - eu já te disse... você só se mete em merda, garota. pelamordedeus, pára e pensa no que você está dizendo.
acredoce - não queira nem imaginar o que eu estou pensando.
(pausa. eu mandei 234 emoticons para * ficar ouvindo aquele barulhinho irritante e responder logo)
* - tá, e aí? vai fazer o quê?
acredoce - eu não sei. maior palhaçada, não ter certeza de p*rra nenhuma, né? dá a maior vontade de fazer uma loucura.
* - faz, ué.
acredoce - dessas coisas é preciso ter certeza. e se eu for só uma louca patética/patética louca?
* - desculpa, mas isso, acho, você já está sendo.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 10/05/2005 04:30:00 PM
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