mais um adjetivo para volúvel ->
8.02.2005
Quem sabe hoje a gente não se vê, não se esbarra, não pára um pouco para falar sobre o tempo, as tempestdes e olhamos para o alto, ao mesmo tempo, observando as nuvens à procura de chuvas. Demoramos um pouco o olhar, para tentar encontrar algum outro assunto que caiba nesse abismo que termina sempre com um olhar vago, uma despedida fácil e o reviver contínuo das frases, pensando no que poderia ter sido dito, no que poderia ter sido feito.
Apesar de tudo, ainda fica no fundo do peito uma sensação carinhosa que alegra as noites de frio, o pensamento inocente de que um dia tudo poderá dar certo e que na vida as melhores coisas acontecem quando menos se espera. É melhor, portanto, banir completamente o desejo initerrupto de ser, estar, ter... para não amargar com tanto ardor.
Continuar a agir em verbos separados por vírgulas e pontos. Calmos, compenetrados, organizados em pequenas frases digeríveis pelo organismo. Controlar essa vontade que pede passagem a todo instante com as tarefas desinteressantes do cotidiano. Escovar os dentes para deixar de querer, pagar uma conta para esquecer de amar...
E assim, amarrar uma fitinha rosa no pulso para não apagar da mente qual era o objetivo primeiro de estar vivo nessa vida.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 8/02/2005 10:17:00 PM
|
