Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

7.20.2005

sob medida para o caro leitor
(e deleite descompromissado dos demais caros leitores/caras leitoras)

cidade provinciana, primeira hora do dia 20 de julho do ano de 2005 pelo calendário cristão.
(é sempre mais fácil começar pelo cabeçalho)

oi,

raramente consigo ser clara, ainda mais durante a noite. deve ter algo a ver com meu medo (ir)racional de raios e trovões. ou talvez venha dessa vontade de sempre tentar exprimir no papel, com propriedade absoluta e maestria de poeta de primeira categoria, o que não chega nem à garganta, por falta de palavras.

existe um certo (...) que chega sempre de mansinho toda vez em que eu tenho ótimos pensamentos de poesias de beleza inenarrável (e que maravilha! eu podia narrá-la em pensamentos e verbalizá-las na minha cabeça) e fazer com que o mundo tenha um instanstinho de beleza proporcionada pela pequena pseudo-poetisa/escritora.

cartola dizia, na voz de caetano, talvez: "esquece nosso amor, vê se esquece, porque tudo no mundo acontece". e mesmo sabendo que no fundo o esquecimento é impossível mesmo para o que já foi, eu insistia, nos minutos de música triste, em acreditar que nem tudo o que acontece precisa ser assim. podia ser sempre um trecho brega de um pagode brega em que tudo é feliz e cheio de amor pra dar. "mas isso não acontece", cartola voltou. eu e o pessimismo tomando conta. talvez o pessimismo. bom, eu não tenho a resposta.

trocando de cd, então, eu vejo que não sei se poderia pedir para ser salva dos loucos que não poderiam nunca amar ninguém - como Aimee Mann - se devo tentar da melhor maneira que posso e ser otimista, como Thom York canta, se fecho os olhos e penso estar dançando cheek-to-cheek, se continuo ouvindo as mesmas respostas repetidas e deixo de ser compreendida ou me perco desejando que fosse - Beth Gibbons, como eu te amo pelas suas palavras. eu recebo montanhas quando quero o mar, mesmo que eu sempre quisesse ter uma vida simples. acabo me embriagando de whisky com guaraná e começa o palimpsesto reprovável.

a trilha sonora sempre foi indispensável. aparentemente, alguns artistas- acho que os verdadeiros - não sofrem no mal da inexpressividade de quem vos escreve, com humildade e medo terríveis. também, tudo depende das circunstâncias. circunstância hoje, ontem e sempre. a vontade, então, passa a ser a dissecação do que seria circunstância, mas o dicionário está longe e eu quero terminar aqui antes que me arrependa e tudo isso vá para o mundo dos caracteres deletados.

e o que era para ser simples, sob medida, pelas minhas brancas mãos de unhas rosa-choque passando pelos cabelos cor de gelatina de cereja, acaba assim, sem nada de sustentação.

"não aprendi a técnica da construção sem argamassa." é a minha versão oficial.


***

eu tentei. mas é parte do (...), o tal do imblogável. e eu costumo respeitar essas coisas, porque são a única parede entre mim e o nariz de palhaço.

fico no aguardo.

cordialmente,
acredoce


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 7/20/2005 12:19:00 AM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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