mais um adjetivo para volúvel ->

 

7.12.2005

Como vai o trânsito da SUA cidade?

O da minha é de enlouquecer. Não, nada de engarrafamentos. Quer dizer, eles estão presentes por umas 18 das 24 horas do dia, mas não são a causa da loucura. O problema, caro leitor/cara leitora, é o motorista.

Só hoje eu desviei de três batidas sérias causadas por motoristas loucos que têm a noção amélie-poulain-do-mal de mundo.

O primeiro sai de uma ruazinha para uma das grandes avenidas sem nem esperar. e ainda faz a curva tão aberta que usa duas pistas. E quem estava na pista para onde se dirigia o louco barbudo? Eu, não é mesmo?... E quando fui buzinar para que o infeliz se retirasse da pista antes que causasse um acidente (ou ele bateria em mim, ou eu bateria nele ou o ônibus atrás de mim bateria em mim), ele colocou a cabeça para fora de seu veículo modelo popular e começou a berrar palavras soltas, chamando essa paupérrima pseudo-escritora aqui de adjetivos que a igualvam ao mamífero do sexo feminino que produz o tipo de leite mais consumido no país e mandam que eu inserisse o carro em orifícios em que o Larry - o carro - não caberia nunca.

Esse tipo de comportamento me faz pensar no Michael Douglas em Um Dia de Fúria. Fico com medo de responder e tomar um tijolo na testa, embora não me agrade as comparações e ordens chulas as quais geralmente ouço.

Isso porque mulheres têm essa fama de dirigirem mal. Mas hoje, das 3 quase-batidas, foram 3 homens que igualmente me insultavam pelo meu gênero.

Deixo claro para o leitor, para a leitora, que eu, em hipótese alguma, posso ser criticada pelas minhas habilidades no volante. É verdade, o Larry carrega, em sua lataria, pequenas escoriações. Mas algumas - na porta do motorista - foram causadas por um ladrão burro que ao invés de quebrar o vidro, tentou abrir a porta com um pé-de-cabra. Acabou sem rádio ou pé-de-cabra. E as outras foram ao tentar tirar o veículo de vagas apertadas, nos primeiros meses de direção. Portanto, a colocação dos motoristas infelizes é infundada.

O que eu me pergunto é: onde é que isso tudo vai parar? será que eu vou também ter que me armar de rifles e disparar minha língua ferina?

"eu quero uma casa no campo"

por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
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