mais um adjetivo para volúvel ->

 

6.05.2005

A Simple Kind of Life



Quase 3 horas da manhã de domingo e eu estou viciada em computadores. Ou talvez não, talvez seja a necessidade de fofocar um pouco. Hoje foi a festa da minha miga, minha noiva linda ( conhece? pois eu não fiz bem em aceitar o pedido de casamento? fiz!)

O lugar era um tal pub. Chegando lá, vejo o desfile de bobões e bobonas, mas a banda era legal. Só que a banda não dura muito e logo começa o bate-estaca. Então, conhecendo somente a aniversariante e mais uma pessoa (que eu já sabia que ia ficar com alguém) subimos. E lá está acredoce, na pista de dança, uma caipirinha na mão, com cara de eu-não-queria-estar-aqui-que-merda. Mas estava. Um menino passa, dá um sorriso. acredoce nada. O outro passa, pergunta o meu nome. acredoce nada. Eu já fiquei aliviada, vendo que a notícia se espalhava pelo pequeno universo masculino da pista de dança de que a única menina de vestido ali não estava interessada. Tentei dançar para esquecer que eu desejava, na verdade, estar em outro lugar (isso é outro assunto, dos imblogáveis, descobri. É.....). Então, quando menos acredoce espera, um menino esbarra nela e pede desculpas. acredoce, cega, sem óculos, com sono, se vira e dá um sorriso de "não foi nada". E é agarrada. acredoce luta contra, pensando onde estava a cavalaria naquela hora. Foi preciso dois seguranças para desatarrachar o garoto com desequilíbrio hormonal dessa pobre aqui. A pista parou. Eu fiquei tão sem-graça que quis morrer. O amigo que já estva ficando com uma menina, nem aí. Eu tentei voltar a dançar, mas, pombas, agora tinha sempre a merda de um segurança do meu lado, como se fosse meu guarda-costas.

Acabei descendo. Dois amigos da aniversariante tentaram se engraçar comigo. Afinal, se um garoto teve que ser puxado a força, o beijo dessa menina aqui deve valer alguma coisa. Há; eu só queria não estar ali, naquela situação.

Eu fechei a conta e pedi um táxi. E já do lado de fora, com frio, gripada, sozinha, eu juro que queria sentar no meio-fio e chorar minhas pitangas. Definitivamente, essa vida de badalação, azaração e agarração não combina comigo. Escovei os dentes duas vezes e fiz um gargarejo. Estou me sentindo péssima-péssima. Infelimente, essa pobre acredoce aqui é menina pura e inocente nesse universo tão cheio de gente feia e idiota.

Que humilhação desnecessária para um coração que só quer uma vida calma e feliz...

por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
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