mais um adjetivo para volúvel ->

 

5.15.2005

Estou vivendo uma fase estranha. Não consigo nem pensar em sentar aqui para escrever minhas monografias ou ainda mesmo trabalhar em outras coisinhas. Existem muitos pequenos detalhes com pontas soltas, eu sem ter certeza alguma de nenhuma delas. Mesmo assim não consigo desligar o computador e relaxar. Na sala de tv, está passando My Fair Lady (DVD), no chão, três projetos de crochê/tricô, no quarto tem uns três livros abertos, um caderno, um bloco de desenho.

Nada que possa ser terminado por falta de interesse pessoal... Estou numa preocupação só. Minha gripe, acho, não vai acabar nunca. Até pensei em testar o remédio-quase-afogamento, só que ainda não estou tão desesperada.

O cachorro, por outro lado, nunca se divertiu tanto. Tenho levado Paco para longos passeios de 3 a 4 vezes por dia. Agora mesmo voltei de um. Encontramos uma jovem senhora - a.k.a. mulher obesa mal-vestida com o filho parrudo no colo - que ficou apontando para Paco que, por sua vez parou e ficou olhando para ela e para mim, numa pergunta não-verbalizada de quem era aquela louca. A jovem senhora ficava emitindo latidos infantis para o garoto em seu colo e ficava falando: olha o au-au. "Paco", eu respondi. Agora, eu detesto a cara-de-pau das pessoas...

- Ah, mas ele é gordo assim mesmo ou está grávido?

Eu engoli "E a senhora? É gorda assim mesmo ou também está grávida" e optei pela segunda frase:

- Grávido. Paco é um milagre da natureza. Estamos negociando a aparição dele no Fantástico e no Ratinho.

Paco aproveitou a deixa, deu costas - de repente, se sentiu insultado - e saiu. Eu segui, também com a cabeça erguida. Porque nós dois não aceitamos insultos.

De manhã, no primeiro passeio, achei uma linda camiseta da Hello Kitty... Infantil, mas como eu tenho várias dos tamanhos 12 e 14, fui olhar. O dono da banca me olhou e disse que a camiseta infantil não ia caber. Eu, insultada pela provávell menção ao meu peso, torci o nariz. Ele prontamente respondeu que tinha o modelo baby look. Para depois destruir a gentileza dizendo que "só tenho até M". Tá, hm, então eu sou gorda e só uso G, né? Comprei a M. Vesti a camiseta em casa, para descobrir que os olhinhos da gatinha favorita das meninas dos anos oitenta ficavam na mesma altura dos meus... hm, dotes femininos. Não preciso nem dizer que ficou absolutamente ridículo. Xinguei o cara da banca. E gastei dez reais à toa.

por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
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