Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

4.11.2005

Como é que v-o-c-ê vai fazer?

Você está sempre pensando?

Você sempre sabe o que os outros devem fazer?

Você fica acordado/acordada a noite toda?

Você nunca faz nada por medo?



E então você descobre que tudo o que já foi feito não é nada demais e já foi levado pela maré de outros tempos. A descoberta de que agora não tem nada além de uma imensa - incomensurável, talvez - sensação de vazio. Daqueles brancos sem fundo nem voz que guie através. E aí, amigo/amiga, é fazer chegar à conclusão que ouvi de uma fala amigável, entre um tapinha no ombro, um abraço e "Vá com Deus":

- Estamos sozinhos no mundo.

A questão é simples: saber se é justo, possível, real, do "toda hora". Melhor: se existe algo além, desses encontros ocasionais da vida. Não, nada de depressão, deixe a faca e os pulsos separados - isso é covardia, repita sempre - mas num mundo tão cheio de notícias, em que o papa já gerou mais material de mídia do que o onze de setembro - onze de quê? - e todo mundo tem problemas com tudo. O cachorro come demais e a ração está cara; o celular não funciona; a conta de telefone tem umas ligações estranhas para lugares esquisitos; a lavanderia não só não tirou a mancha de batom do vestido, como cobrou pela tentativa; o jornal de sábado veio sem o segundo caderno (ou qualquer outro nome para o caderno de cultura/variedades)... quem pode estar com alguém além de seu próprio universo? Eu vejo com pesar que os relacionamentos acabam por isso: por que ele não faz compras mas vive no apartamento dela; ela nunca paga uma conta de boate; ele não põe gasolina no carro; ela não passa a noite com ele porque o prédio dele fica perto da favela e tem tiroteio... Fora os casos em que nem há sexo/envolvimento/beijos envolvidos e a coisa fica ruça ao se mencionar "real". Só o nome, mesmo. Porque, na realidade, a tal da notinha verde que antes recebia um bom troco no ônibus, hoje não dá mais para nada.

E aí? E aí que essas pressões possam ser a causa da falta de giro. Eu não quero terminar meu processo de quase independência dependente. Juro que não. Eu vejo,e u ouço, eu leio.

E aí? E aí que cada vez mais eu vejo como Pollyanna sofre. Confiar é sempre perder um pedacinho do dedo na navalha, sob o meu ponto de vida. Dedinhos todos um pouquinho decepados...


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 4/11/2005 04:55:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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