mais um adjetivo para volúvel ->
3.25.2005
Quase Chocolate
Há pouca coisa que tenha a capacidade de ser tão triste quanto as crianças que vão com seus pais comprar o ovo de páscoa. Uma das poucas coisas boas da vida era acreditar que havia um coelhinho realmente camarada que deixava ovos de chocolate simplesmente porque Jesus ascendeu no dia anterior. Havi uma certa felicidade em pensar que isso existia.
Porque eu acreditei. Quando minha mãe fazia pegadas de talco e dizia que o coelhinho tirava os sapatos para entrar em casa, que ia até minha porta para depois deixar meu ovo - engraçado! o bicho sempre sabia o que eu queria, mesmo sem cartinha - numa cestinha que minha mãe preparava.
Acho que isso só passou quando eu comeceia perceber que as lojas estavam empenhadas demais em vender ovos de páscoa.
Anyway, hoje, quando não posso ouvir música - ninguém espalhe que estou com meus fones de ouvido tocando Aimée Mann e Ella Fitzgerald a todo volume - acabei vasculhando, via internet discada, uma receita interessante para o almoço do dia depois da assunção. Nada de colombas ou roscas pascais... porque isso a padaria aqui debaixo faz muito melhor do que eu. E muito menos ovo de chocolate, porque minha mãe já fez questão de admitir que não comprou o meu e o namorado é inexistente para presentear-me com algo no estilo, eu fui passando entre frutas cristlizadas, fermentos biológicos até encontrar... aquilo que me faz viver e que, depois de anos procurando em vão, achei para deixar de achar dois anos depois:
BROWNIE!
Então, amanhã compro o que falta. Na esperança de conseguir reacender a chama infantil.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/25/2005 10:17:00 PM
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