Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

3.21.2005

Confused? Well, you won't be

Eu tenho aqui no computador muitos textos, escritos há pouco. Hoje eu completo duas semanas de apartamento e anteontem redescobri a Internet com conexão discada. Riam à vontade, não deixa de ser triste.

Há pouco tempo atrás, fiz uma burrada. O professor de interpretação havia pedido que contássemos uma história nossa. E lá ia eu, munida de algo sobre Pierre, prontinha para arrancar suspiros...

*eis que agora eu ouço os camelôs aqui em baixo gritando: "olha o rapa!" e eu finalmente descobri que isso não é somente nome de banda. Não, não era o rapa.*

Voltando... na hora de contar minha história, eu não sei porque cargas d'água, eudesatei a falar sobre a separação dos meus pais e da vinda para o apartamento. Fiz da arte terapia. E o professor gostou tanto da história que quer colocá-la na peça. E como eu poderia dizer não se contei a maldita história várias vezes durante a aula? E como vencer o pudor de falar de algo tão íntimo para um bando de desconhecidos? (desconhecidos que me conhecem como menna-perfeita e outros adjetivos e--

*o mendigo que vive aqui em baixo, louco, está berrando, dizendo que é o filho da primeira pessoa. e que todos vão descobrir isso na semana santa.*

O diretor/professor está tão animado que já me pediu para treinar o texto - sim, eu tive que produzir um texto com história - cantando, dançando sem ritmo, lágrimas escorrendo. Tudo ao som de "Sing" dos Carpenters. No ensaio em que fiz sobre isso, foi algo tão patético, tão estranho, que eu simplesmente quis morrer. E caso alguém queira saber, um dos alunos levou uma câmera e filmou tudo. Pois é, quando estamos no fundo do poço, estamos no fundo do poço.

Pierre dia desses se viu no elevador comigo e com uma amiga. Ela disse ter lido minha peça amado e que - isso é verdade! - o professor estava entre ela e outra para fazermos nossa formatura. Pierre, muito sem-graça, não podia responder que não sabia que eu havia escrito uma peça, ou que conhecia, ou que nem sabia que eu tenho aspirações literárias. FIcou quieto, com minha amiga cutucando e perguntando se ele sabia que eu era uma boa escritora, se ele conhecia a peça. Nós dois sabíamos que nõ só ele conhece a peça, como não leu e ainda deixou-a largada no ex-escritório da faculdade. Foi realmente triste, dando a impressão de que eu sou burra de achar ele um dia ligou.

A melhor parte? Ele é meu orientador detrablho final por não haver outra pessoa. O indivíduo já conseguiu mudar minha hipótese duas vezes e ainda não chegou a uma conclusão do meu assunto. Não me passou a bibliografia, mesmo tendo livros que possam me ajudar. "Ah, acredoce, tem um livro, não lembro o nome que fala sobre isso-aquilo-e-aquilo-outro, daquela editora do outro livro que você trouxe, que talvez te ajude. O nome? Hm, não sei, mas eu tenho. Emprestar? Procurar o nome e te passar por e-mail? Quem você pensa que eu sou? Seu orientador?" Somos três orientadas e os outros dois trabalhos já receberam livros emprestados, cópias de teses e já produziram uma introdução. Isso me preocupa.

A minha mãe se ofereceu para me orientar, mas eu sinceramente acho que, mesmo sendo educadora competente, isso não vai dar certo. Novamente eu fico que pensando que é patético, mas também penso que é patético pensar isso. De qualquer modo, vou chegar à conclusão que vou ser minha própria orientadora. Aí escrevo um livro "Como se orientar em sua monografia", ganho milhões, compro minha casa perto da praia e vou viver de renda pelo ersto da vida. Viro promoter, daquelas que só dizem que são promoters e não promovem n-a-d-a. Eu promoveria a idéia da auto-orientação. Taí, estou começando a gostar da idéia e me sentir no cenário casa-de-praia-da-casa-cláudia.

Essas voltas às aulas trazem sempre emoções fortes, ao que parece.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/21/2005 10:54:00 AM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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