mais um adjetivo para volúvel ->
1.08.2005
Eu poderia até brincar...
... mas a violência está demais.
Nem vale fazer piada e muito menos brincar com o assunto. Que coisa, o homem diz que evoluiu tanto e ainda vivemos sob o "matar ou morrer". Esse papo de civilização fica parecendo uma ilusão, uma viagem dos ácidos mais fortes e das drogas mais poderosas e realmente, alguém que passa a vida plantando, acaba ganhando o prêmio Nobel, num mundo onde países têm a coragem de não assinar o tratado de Kyoto.
E ainda falam que a natureza é má e colocam a culpa em Deus pelo Tsunami. Ondas gigantes e terremotos são fichinha perto da troca de tiros que mata um transeunte que não tem nada a ver com a história e com as queimadas que cismam em promover para um benefício próprio que só dura pelo cheque na conta da suíça.
Deus é mau? A Deusa é má? E o Tsunami é mau? Os tornados em Santa Catarina? Quem mais? O que mais pode levar a culpa pela simples razão de existir no mundo?
E vamos lá nos comfortar em livros sobre as tragédias... Alguns bradam e sussurram (pouco importa o volume ou o tom de voz) que o mundo está acabando, que é o Apocalipse. Que o homem está assim porque o apocalipse está chegando. Mas, convenhamos - não precisa nem responder, é verdade simples e pura - que a única evolução que pudemos comprovar é que não temos mais nossos instintos de sobrevivência, de co-existênica pacífica e de que nossas criações vem de um desejo absoluto de viver, eternamente, na preguiça. As pessoas fazem sexo por computador. Não existe melhor prova do que essa.
Eu, como sempre, não me excluo, nem falo de cima. Sou, sim, preguiçosa, péssima cidadã e uma daquelas que morreria pelas ondas por não ter noção de como reagir. Uma menina que é escolhida por todos os covardes do mundo para se tornar o 'alvo fácil', uma carteirada a mais.
Agora, posso, na minha indignação, absolutamente pessoal, parcial e cheia de raiva e rancor, dizer que continuo, sim, a sorrir e dar 'bom dia'; separo meus recicláveis; tento não desperdiçar água; cuido das minhas plantas; regulo a poluição do meu carro; acredito, ainda, na cordialidade; trabalho muito. E escrevo para quem quiser ler, sobre um particular que talvez ajude um pouco no universal.
Porque isso, meu caro/minha cara, é o mínimo que posso fazer.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 1/08/2005 10:10:00 PM
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