Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

12.12.2004

Mesmo escrevendo pouco

Infelizmente o tempo é todo gasto em uma, dua, três coisas. Sem contar as quatro, dez, doze que surgem todos os dias, só para apimentar e fazer com que o remédio para enxaqueca vire companhia constante de bolsa, bolso, garganta. Ainda assim, deveria encontrar diversão.

Mesmo se ela seja sempre estragada.

"Nada é perfeito".

Ah, leitor/leitora, ouvi seu pensamento antes mesmo da sua leitura e já posso dizer que essa conversa de que perfeição é divina pode ser uma desculpa para todas as coisas que preguiçosamente não lutamos muito para melhorar.

Chego então ao assunto que vem assombrando minha cabeça - já atormentada - de menina-moça-pollyanna: essa tal de sutileza.

Aproveito para esclarecer que isso nunca foi meu forte, amenizar coma s palavras para que só surtam efeito três dias depois. Eu, não. Isso é coisa de babaca. Eu digo.

Ontem estava numa festa, na varanda, um cara que admiro pacas, conversando, quando percebo que, enquanto minhas intenções eram de amizade, o braço sendo passado em volta da minha cintura, hm, não era. Nada contra se o mesmo não fose o oposto do que me interessaria - ou seja, era feio pacas, nada sexy. nadinha. O que faz qualquer mulher? Eu não sei, mas essa que aqui coloca suas palavras a fatos preto-no-branco, diz o que fez:

"Ah, hm, bem. Está frio, aqui. Vou lá para dentro. Hm. Pegar... meu... casaco."

E fui. Fiquei na cozinha pensando em como as pessoas eram maldosas, quando vi um colega e uma colega - ela, casada e ele, ficando com outra menina que também estava na festa e ficou com o tal que eu dispensei - se agarrando loucamente em direção ao quarto da anfitriã. Eu, jogando latinhas vazias no lixo. Esse é o momento em que a gente percebe que está no lugar errado. Quando ia saindo, p. da vida porque o texto que preciso para meu trabalho estava no quarto da anfitriã, vi um amigo de longa data sentado no sofá.

- Que houve?

- Ah, diz ele, com um jeito de quem está muito bêbado. O Rafael vai me dar uma carona.

- E onde está ele?

- Lá-fora-é-que-está-rolando-um-negócio-lá...

Eu nem precisava ir lá fora para saber que provavelmente era algo que iria ferir minha sensibilidade. (Essas festinhas private...)

- Vai embora. - eu disse, olhando para ele com certa pena - chama um táxi. Eu já estou indo.

- Ah, não, o rafa disse que já estava acabando...

Eu pensei: "Meu Deus", mas disse:

- Eu acho que ele vai demorar...

Enfim, ele continuou sentado, esperando. Eu fui embora. O dia já estava nascendo. Lembrei ainda do carinha que dispensei. Que grosseria. Eu sou muito rude. Mas... f***-se.

Eu sou assim.

Mas, gostaria de saber se haveria alguma outra possibilidade. De dar o fora, sabe? Com mais classe. Refinamento. Leveza.

Foi uma confissão de elefante, essa.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 12/12/2004 09:09:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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