Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

10.09.2004

Se havia alguém triste, ninguém viu; se havia alguém feliz, ninguém nem reparou. Aliás, eu achava que tudo não passava de um sonho, ou quem sabe um pesadelo, dependendo do ponto de vista.




A vida muda. Eu nunca disse que não. Ontem, depois de algum tempo de bate-papo no bar da esquina - que, estranhamente, sempre segue os caminhos sexuais - veio meu lindíssimo colega:

- Nossa, você está maravilhosa nessa calça.

- Obrigada...

Depois de quinze minutos, vem, me abraça por trás e diz, de novo, nomeu ouvido:

- Você está linda com essa calça. Devia sempre usá-la.

- Obrigada. É algum teste de resistência?

- ??? (que corresponde àquele olhar intrigado)

- Tentar para ver até onde eu resisto.

- Ah, quem sabe...

- Minha resistência é nula.

- Sempre?

- No caso em particular.

Eu juro que queria ser gostosa. Daquelas que fazem os homens de gato e sapato. Mas... não. Só me acontece ser "respeitada" e "querida". Então, quando vem alguém ficar me chamando de gostosa depois de algum álcool num estômago vazio, numa sexta-feira pré-feriado em que saí de casa somente pela aula da faculdade para descobrir que o professor começou o feriadão mais cedo, indo para um bar de maconhados podrão ao lado da faculdade, é esperar muito que eu fique quieta. Afinal de contas, sou humana (sim, sim, os testes de DNA confirmam minha versão).

Mas eu me olho no espelho e não há como ser uma starlet.

Recompus a imagem e parei de pensar na minha carência afetiva e sexual e comecei a ouvir a conversa entre dois caras recém-separados. E, por mais incrível que pareça, um agradecia o outro pela mulher compartilhada. Exatamente isso.

O primeiro havia 'pego' a menina em uma festa, na varanda da casa de um amigo (Eu estava nessa festa. Deitada nessa mesma varanda falando e contando estrelas. Putz... como eu sou pura e virginal). Vamos chamá-la de Magali, mais uma vez me preocupando em manter a integridade - se é que nesse caso há alguma a ser salva. O fato é que Magali, nessa festa, já havia dado em cima do segundo cara. Eu cantei a pedra e o cara me dizendo que eu estva louca.

O fato é que ontem, os dois foram a uma festa juntos. E lá estava Magali, que dava a maior bola para os dois (!!!). O primeiro, que já havia 'passado o rodo' (é melhor esclarecer que tais expressões foram utilizadas pelos mesmos) e deixava para o amigo. Organizou a ficada. E Magali foi para a cama com o amigo do quem com quem dormira há umas três semanas. Acordou no dia seguinte e ainda saiu nua pela sala quando um cara tirava as medidas para fazer um armário para o segundo amigo. Ela nem deu bola e foi para a cozinha. Comentário dos dois amigos:

- Que p**inha. - em uníssono.

E como ficou o primeiro amigo?, você me pergunta:

- Pô, hoje eu olhei no banco de trás do carro e tinha uma meia-calça rasgada. Eu não me lembro se as meninas estavam usando meia-calça.

- Meninas?

- É. Doidão. Priminhas. Chegaram em mim juntas. Tava lá dançando, não podia negar, já estava cheio de redbull com vodka. Fui, né...

Eu não sei como eu posso estar num círculo de pessoas assim e ainda me manter tão pura e inocente. A única coisa que posso dizer e que quando ouço tudo isso, a vontade de ter alguém legal, normal, gente boa, depravada somente entre quatro paredes e comigo, cresce. Muito.

(A vontade de escrever Incsrições Abertas perde para os múltiplos significados da singela frase.)


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 10/09/2004 06:43:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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