mais um adjetivo para volúvel ->
10.05.2004
All You Need is Love!!!
Em uma placa de carro, uma mensagem: FIZ 0001. Fiz Primeiro. Mas, fez o quê? Besteira? Algo inteligente? Secreto? Ou será que o indivíduo fez somente a placa? Como o trânsito estava parado por conta de um caminhão que perdeu uma roda (?!?!) e ficou equilibrado, bloqueando, não somente a própria pista, como um terço do espaço restante, eu fiquei analisando o motorista. Placa da cidade de São Paulo, então, provavelmente, falamos de alguém que cedeu aos encantos da vida à beira-mar. Ajeitava os cabelos e olhava o resultado no espelho - teoricamente - retrovisor e não se cansava de passar a mão pela boca, enquanto lia pela enésima vez a programação cultural no nosso magnífico centro universitário.
Eu saí do caminho, cortei o trânsito e a questão ficou para trás, junto à roda perdida no meio da rua, perto do caminhão manco.
Mais uma menina da minha sala foi acometida pela paixão nada didática por um membro do corpo docente. Eu já tenho carteirinha junto ao Sindicato dos Professores, mas esta, pobre, é nova. O tal professor, lindo-moreno-olhos azuis, é amigo de outras duas alunas e estas, por sua vez, são minhas amigas. Contam que ele não presta. A menina-aluna apaixonada, dia desses, estava aos prantos depois da aula, porque o professor levou uma 'conhecida' para assistir a aula. A 'conhecida', também do meio artístico, não só assistiu, como também fez aula. E acabou numa improvisação com a aluna-apaixonada.
"Que é que ele tinha que levar aquela garota?", peruntava-se a aluna-apaixonada. "Que ódio! Que ódio!"
Ela se levanta a começa a imitar o sotaque sulista da 'conhecida' improvisando:
""Quanto você quer para sair da vida de Peter?""
Aula com Lobato, aquele professor-pai do ex-namorado-kármico da minha irmã, que ainda assim, é sexy, mesmo sendo meio... eca. Um aluno, daqueles que adoram bajular professores com seus conhecimentos na área cinematográfica, pergunta o que o professor achou de um filme-tal francês. O professor Lobato rebate:
"Diga o que você achou."
"Ah, eu gostei pra caramba do filme."
Lobato pára o que está fazendo. "Filminho reacionário que coloca a Revolução Francesa como sendo um movimentozinho de um bando de gente que não tinha mais nada o quê fazer. Como se a revolução não fosse um grande passo para a humanidade."
"Ah, mas, assim," o aluno insiste "mesmo sendo reacionário [quem vos escreve tinha a nítida impressão de que ele não sabia o significado de reacionário] o filme é legal, bem-feito."
"E o que você pensa do assunto do filme? Do próprio filme?"
"Ah, não sei. Fico em cima do muro..."
"O conhecimento e crítica de cinema de uma pessoa de classe média-alta, que tem dinheiro para alugar qualquer filme que queira, para comprar DVD's, assistir a todos os filmes do festival acaba refletindo o seu universo, da burguesia."
O garoto realmente não parecia se tocar dos foras que ia tomando, de minutos a minuto. O melhor fora da aula foi: "Tem aluno que passa pela faculdade incólume."
E eu me perguntando se ele é casado, solteiro... Nossa. *ai,ai*
Notícia no Globo Online. O Moreira Franco desistiu do Segundo Turno. Porque a parada dele nem era a prefeitura. O importante era competir mesmo. E sem os outros amiguinhos, simplesmente não graça.
Eu juro que quando o André Breton falava em Surrealismo, ele pensava em Niterói.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 10/05/2004 03:24:00 PM
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