mais um adjetivo para volúvel ->
9.29.2004
O Mundo é um Moinho
Nada melhor do que descobrir que o professor que você quer que te oriente é, na verdade, o que poderia ser chamado de work in progress; ex-professor faltoso que, agora, é quase um exemplo numa faculdade em que se tira dez sem nunca ter aparecido na aula.
Mas esse mesmo professor, que apesar de muuuito mais velho é muuuuuito sexy aos olhos de quem vos escreve (gosto não se discute.), ele caiu do posto, ainda que temporariamente, após um choque numa manhã normal de quarta-feira, onde cntp (condições normais de temperatura e pressão) e horóscopo só apontavam para as melhores coisas e o Orkut dizia, em tom grave e profético: "Bad server. No donut for you."
Eu estava conversando com minha mãe, enquanto minha irmã estava na cozinha, ouvindo. Falei de matérias de cinema de primeira período e como elas se tornam chatas e cansativas após tantas outras matérias e a menina dos olhos desse semestre, com o tal professor. Vamos chamá-lo de Lobato, para que sua integridade seja preservada.
- Lobato? - a irmã pergunta, parando de fazer tudo - Ih, ele é o pai do Carlão.
Carlão é o ex-namorado-kármico de minha irmã que, como Pierre, vive reaparecendo na vida dela. Carinha gente boa, mas um tanto quanto descontrolado, principalmente depois de ter tentado cortar os pulsos com a tesoura da minha irmã enquanto deixava tocar 'Crying', do Roy Orbison, em repeat, no quarto.
- Não é ele que você está querendo que te oriente, minha filha? - a mãe pergunta.
- É...
Mas o leitor se pergunta: e daí? e então?
Eu estou profundamente chateada por achar sexy o pai do ex-namorado da minha irmã. Estou quase me sentindo como a menina do grupo de teatro, que ficou profundamente chocada quando soube que a autora do nosso texto pagava boquetes para o pai, feliz da vida. Estou me sentindo... estranha.
Agora eu fico olhando para aquele semblante tão legal e imaginando aquele filho bizarro que fez uma tatuagem de São Jorge no braço e só escutando um "eca!" interno. É doença, é paranóia. Mas é real.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 9/29/2004 12:22:00 PM
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