Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

9.14.2004

Coisas que eu fiz mas nunca dei muita bola

Desde criança eu cresci lendo romances idealizados, com mulheres com pele de alabastro e homens que falavam inglês, francês e eram traduzidos para o português, eram lordes-duques-marqueses... rodopiar em um salão com velas em um vestido de sonho e terminar no começo de uma vida perfeita. Blah, enfim já disse isso mil vezes.

Hoje em dia, assim com Amélie Poulain, eu tenho meus prazeres secretos. Não, infelizmente não posso dividi-los com os leitores, já que são meu pequenos segredinhos. Coisas singelas, coisas nem tão singelas, mas que fazem com que o dia seja mais interessante e não se arraste quando a conversa gira em torno de quem-vai-comer-quem-na-próxima-festa.

Eu hoje estava me divertindo com um desses pensamentos, no meio da aula. O professor falando e eu imaginando, pensando e matutando. Fiz a cena com uma des-pré-ocupação e tão levada pelo momento que eu sinceramente pensei que ia acreditar naquilo tudo. Eu até gostaria de acreditar, de ouvir "Amo, amo, amo..." e suspirar de verdade. Mas, hm, não rola. É, não dá. Não pense que é incompetência do meu amiguinho de cena, não é. Só, ah, eu bem que queria acreditar, mas é meio sem-graça.

Como é que a Adriana Calcanhoto canta? Algo brga, lembra? Ah, não?... Escute no rádio. É de doer. Mas é mais do que real.

Pierre hoje me segurou gentilmente pelo braço. Veio me perguntar e dizer umas cinco coisas inúteis. Eu já nem lembro mais sobre o que ele falava. Ele parecia extremamente magoado comigo, como se eu o houvesse traído e -- peraí, foi ele que traiu minha confiança e ficou me olhando por uns dez segundos quando eu repondi "tá ok" para as cinco questões. Olhou para as minhas companhias - pessoas que ele odeia - e baixou a cabeça. Eu tremi nas bases e senti subir pela espinha o tremor conhecido. "Puta-que-pariu, acredoce, deixa de ser babaca, menina!" eu pensei, virei as costas e saí, rindo de uma piadinha tosca que o colega contou.

Depois eu abri as janelas do carro e comi um Serenata de Amor e--

Ops, contei um prazer secreto.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 9/14/2004 12:39:00 AM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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