Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

8.02.2004

Tarefas e Hobbies

Eu às vezes gosto de ser uma heroína de romances, dessas que sofrem, sofrem, sofrem, mas que, a final de contas, estavam certas e conseguem fisgar o amor de suas vidas, que, na maioria das vezes, vem na forma de alguém inesperado. Aonde menos pensavam - e eu já falei sobre essa teoria do "nossa, eu nunca imaginei que..." há alguns posts atrás.

Agora mesmo estou lendo três livros e um deles é justamente prova de que toda mulher sonha com um homem daqueles. Ricos, bonito, sarcástico e corre atrás da mulher até o momento em que ela cede. E ele a leva às raias da loucura, num orgasmo nunca antes experimentado. Algo como o blow job no herói nos livros de Sydney Sheldon. Mais simples e com menos páginas. afinal de contas, não há muita descrição sem tornar o ato... repetitivo.

Só que enche. Eu mesma, adepta da leitura água com açúcar contrabalançada com livros menos... 'A Moreninha', passo meses a fio me rebelando contra todos os escritores que acham que tornar a vida em um mar de rosas sem espinhos seja a solução para as carências da população média. Carências de quem vive em cidades grandes - ou províncias metidas a metrópoles, como eu - e nunca viu feijão ainda no pé e muito menos subiu em árvores. De gente que procura um ser perfeito ao invés de olhar em volta. Seres como eu - embora eu já tenha subido em árvores, desbravado matas, jogado futebol na rua e tenha colhido feijão, ainda na vagem, para fazer o almoço. Até encontros imediatos do terceiro grau com jibóias eu já tive. Portanto, minha visão perférica deveria ser grande, não?

Não.

Eu queria um momento de arrependimento masculino. Daqueles de cortar o coração e se ajoelhar no chão. Uma amiga me contou que já fizeram isso com ela, mais de uma vez, portanto, não deve ser lenda urbana. (Pára e olha um malabarista com bastões de fogo no sinal, lá em baixo, na rua) Aquela poesia rasgada e sem propósito para corações, que como o meu,a nseiam pela breguice do amo correspondido. Aquela cena no meio da rua que te faz morrer de vergonha e se sentir a melhor pessoa do mundo, falando 'pára com isso', mas dizendo 'fala mais alto'. (Suspira um pouco e olha para fora de novo, mas o malabarista desapareceu) Eu defendia a tese dos séculos anteriores, em que as mulheres só ficavam em casa, costurando, cantando e desmaiando por causa dos espartilhos, enquanto os homens iam até elas, cortejá-las. Mas hoje eu já não tenho tanta certeza, eu fico pensando quantos homens viriam me cortejar. Paranóias. O próprio nome do blog já indica isso.

Bleh.

A Jane Austen era casada? Era feliz?

E o Sydney Sheldon? Será que já teve o seu mind blowing blow job?

Eu não queria nunca precisar sair de madrugada. É tão feio, tão sem romance. A mulher do Nescafé - ou outro similar - disse que um bom jantar termina com um café. Nunca tive jantar terminando café. Nossa, como isso é triste. Depressivo, até. (Pára e dá uma de Amélie Poulain se perguntando quantas pessoas estariam, nesse momento, fazendo sexo) Eu não gosto muito de café, preferia um chá de Alecrim. Antes, eu achava que o carro seria a solução dos meus problemas. É lógico que ele proporcionou momentos inesquecíveis.

Mas... nada de café. Podia ser chá. Mas também, nada de chá. Nada disso.

Ah. Que falta que faz.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 8/02/2004 10:55:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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