Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

8.27.2004

Pode ir, que eu nem ligo


*ai, ai*


A pior coisa do mundo é o ciúme, aquele velho sentimento de se remexer no assento enquanto vê o objeto de sua afeição de arrulhos com outr pessoa e repetir mentalmente que "fui eu que terminei tudo". Porque ninguém nunca é o abandonado, todos são sempre 'abandonadores'. E aí o pézinho balançando na mesa do bar, aquele que derruba tulipas de chopp e causa risos e sorrisos nos amigos, parece dotado de força própria e não pára de mexer.

Mas, lá no fundo, cada um sabe que aquela visão vinda dos infernos, da pessoa que tem tudo para ser a sua alma gêmea com outra qualquer, se amassando e provando que, sim, duas pessoas podem ocupar o mesmo espaço. Tem gente que corre para o banheiro e vomita, outros que procuram o primeiro coitado para se esfregar na frente dos 'pombinhos' e outros que enfiam o pé na jaca. Já fui protagonista de duas das três alternativas.

E por que demônios estaria eu falando de ciúmes? Com o coração leve e sem suspiros, a vida ultimamente tem sido repleta de momentos "isto é impulse" que param antes da impulsividade se transformar em algo mais. "Repleta" é exagero da autora, mas as coisas não são tão monótonas assim. Até mesmo aquele ser que antes dominava os impulsos é, hoje, um rapaz que fica me olhando, me procurando, tentando me enganar. Ainda consegue acionar a raiva, mas, de resto, ficaram as memórias, os poemas, as músicas e os textos.

Mas existe outro que me trai, em plena cidade do amor, ele passeia feliz e contente com uma figura bizarra, oxigenada, de boina, barriguda e provavelmente com uma voz esganiçada. Ele, que tem tudo para ser tudo o que eu sempre quis, sonhei e imaginei, que bebe coca-cola com o mesmo jeito displiscente que segura uma taça de Don Perignon ou de Ballantine's. O pézinho está aqui, balançando, pensando que "Isso é uma injustiça!", porque eu estou aqui, olhando com cara de vontade. Morrendo de vontade. Os Jardins de Luxemburgo, os sebos de Paris, o Champs Elisée, o Louvre, o Arco do Triunfo... Tudo de garupa, firmemente enroscada e protegida do vento.

E voltando à realidade, aqui estou eu. Novidades? Ah, é, bem, é. Novidades... Trabalhei, me estressei, estressei outros, estudei. É. Só isso. Paris? Ah, não... Paris é para os apaixonados. Eu estou mais para a Noruega - fria, distante e repleta de lendas.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 8/27/2004 06:24:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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