Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

7.13.2004

Um suspiro, uma lágrima e um aperto de mão

Eu fui longe demais, definitivamente passei os limites do ridículo de tal modo que O Burguês Fidalgo vira fichinha.

Mandei um e-mail gay.

Não estou falando dos homossexuais, mas, sim, da tradução para 'alegre'. E não existe nada pior do que um e-mail alegre para os seus 'colegas de turma'.

Com direito a fundo de céu e letras coloridas, coloquei meu coração para fora, no pior estilo, dizendo como gosto deles e como tinha um enorme prazer de estudar com eles... Eu juro, por algum desvio psicológico e mental considerei tudo muito próprio e até mesmo legal, na hora. Só não coloquei nenhuma .GIF animada porque aí já seria um pouco demais... Mas adicionei pequenas gravuras teatrais que tinham a ver com a turma e chamei-as de 'presentinhos'. E o pior de tudo é que, junto aos endereços dos 'coleguinhas', ia também o endereço de Pierre.

E como em todas as boas tragédias, me arrependi logo após apertar o fatídico "Enviar".

Recebi mensagenzinhas de agradecimento com palhacinhos animados, frases de Fernando Pessoa com fotos de casais na praia apreciando o pôr-do-sol e toda a sorte de frases, incluindo "Ah, eu também te amo, querida".

Eu não pedi pra nascer.

A única coisa interessante e inusitada foi a crônica na Veja-Rio do Manoel Carlos que li por acaso, hoje. Nunca levei o cara muito a sério, mas o poeminha no final... tenho que postar isso aqui:

Só Tu
de Paulo Setúbal

Dos lábios que me beijaram,
Dos braços que me abraçaram,
Já não me lembro, nem sei...
São tantas as que me amaram!
São tantas as que eu amei!

Mas tu - que rude contraste! -
Tu, que jamais me beijaste,
Tu, que jamais abracei,
Só tu, nest’alma, ficaste,
De todas as que eu amei...


E eu juro que, se alguém receber um e-mail com esse poema em cima de alguma foto de um casal de cachorrinhos abraçados com caras tristonhas/sonolentas, er, hm, não fui eu.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 7/13/2004 11:12:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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