mais um adjetivo para volúvel ->
7.09.2004
e o que eu pensava que era bom não é, ou piorou consideravelmente nesse último ano. Falei tanto sobre isso que realmente acreditei que só eu acreditava no que agora é inverossímil. Ah, mas tanto faz, porque mesmo com tudo isso, o braço reconfortante quando eu meno esperava e mais precisava deu o empurrão
para o completo vácuo.
Não é que ele - o vácuo - não se mostrasse presente anteriormente, só que é terrível dar-se conta de que o ar entre e sai com facilidade e dificuldade porque se está ali, sentada, olhando para frente e para a sua frente e tudo volta de uma só vez, engolfando até mesmo a surpresa para sar lugar a uma sensação que se materializa por meio de câmera lenta.
É o ator medíocre. Que se pega perguntando porquês e porques e por quês e por ques, num tom monocromático, sabendo que está errado, mas sem enxergar outra maneira de estar ali fazendo algo. Já acostumou-se e viciou-se. Ninguém quer sofrer crises de abstinência.
"... sua fã", eu disse através do olhar que vagueava de uma lado para o outro, fazendo-se se calma e controlada, descobrindo o espaço e desdenhando. Realmente, tenho que admirá-lo. Uma vida feliz, uma vontade férrea de viver, um sorriso calmo e um rosto sereno. Deus-pai-Todo-poderoso.
Eu juro que há alguns momentos em que eu não queria nada além dele e em outros eu preciso imaginar uma melhor realidade para se ter vivido, a sensação de desperdício de tempo é real. Acreditava ser uma coisa e agora é outra, que mudou de novo e constantemente me surpreende do melhor e do pior, numa gangorra. Subindo e descendo e sendo levada pelo peso de que luta para fazer força contrária à minha. Um olhar-sorriso, desejado.
Masha amava Treplev que amava Nina que amava Trigorin que a amava, mas preferiu ficar com Irina. Masha casou com com Medvenko, Nina seguiu carreira, Trigorin e Irina passaram seus dias sendo infelizes, Polina também, Trplev conseguiu metade e seu sonho, já que a outra embarcava para longe. (Drummmond que me perdoe)
A gente conversa depois, de modo sério, direto em um silêncio e a pena que voava nos olhares.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 7/09/2004 11:59:00 PM
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