Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

7.14.2004

Do What you Gotta Do

Ouvir Beth Gibbons é uma bênção. Quem nunca ouviu deveria, pelo menos uma vez, como uma experiênica musical, emocional e - por que não? - antropológica. Uma mulher que se tranca em casa e grava músicas. Raros shows, raríssimas entrevistas. Talvez esse seja um bom caminho.

Estou preparando meu trabalho de final de semestre da faculdade de teatro. Uma análise e reflexão com base em dois livros e nas aulas. Raramente me dou bem em trabalhos escritos sobre teatro. Ou fico acadêmica demais ou 'solta' demais. Dá um imenso frio na barriga falar sobre o que eu acho sem nenhum caminho estabelecido, um formatinho que seja para guiar a criação. Não, eu não sou babaca ou mentalmente incapacitada, só que acredito no que as pessoas dizem. E se alguém pedem uma análise e uma reflexão, eis que terão uma análise e uma reflexão, simples assim. Só que quando o meu trabalho retorna, normalmente tem um temido bilhetinho de caneta vermelha com um comentário do tipo: "Seu trabalho ficou muito acadêmico e teórico" ou "O trabalho ficou em primeira pessoa" ou ainda "Ficou muito impessoal". A prova disso é não ter passado na prova em que eu deveria descrever uma idéia para montar um poema qualquer. Tipo, eu descrevi como via aquilo acontecendo, as luzes, a movimentação básica, o cenário. Tá, tipo, não passei na prova. Por quê? Ah, porque eu havia sido "descritiva demais". Eu descrevi demais numa questão descritiva.

E se eu refletir demais? Ou de menos? Optei por um trabalhinho meio-a-meio, com citações - uma maravilhosa de abertura, bibliografia, mas sem apresentação, introdução e conclusão, deixando tudo em um texto só. Escrevo em primeira pessoa, para ficar mais 'pessoal', mas sempre utilizo 'professor' para falar dele, dando um toque mais--estudantil. Estudantil?! Tá, deixa passar...

Só sei que é estranho pacas escrever um trabalho para um cara com quem já se foi para a cama. É quase como ver uma cena tórrida de sexo com o meu pai na sala, duas coisas que se chocam e que infelizmente não se anulam. Tratar por 'professor' aquele com quem já se praticou atos pouco educacionais.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 7/14/2004 01:23:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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