mais um adjetivo para volúvel ->
6.13.2004
Dia dos Namorados
Acordei tarde, com minha mãe batendo na porta do meu quarto e perguntando se eu ia sair. Saí com ela e com minha consumista irmã para o shopping. Comemos crepes ao lados de - muitos!!! - casais, nada apaixonados e brigando por causa de dinheiro (ex: "Aquela calça já foi cara!... Por que a gente não divide o crepe doce??") e eu fiquei prestando atenção no filme sobre a vida no mar enquanto a dupla dinâmica - irmã e mãe - faziam questão de observar as pessoas que passavam e criticas suas escolhas de roupa.
Fomos ver Harry Potter. Um pai - desnaturado e débil mental - levou suas crianças para a versão legendada enquanto havia a dublada em outra sala, logo ao lado. As crianças, já pelo meio do filme não aguentavam mais e ele não queria ficar lendo as legendas. Outras crianças também se enchiam de um filme que, pelas mãos de Alfónso Cuarón - quem diria? o cara é bom... - não era mais a bobagemzinha de filmes infantis. O mais legal foi sentar ao lado de uma família inglesa, mãe, pai, filho, filha e reparar na diferença de comportamento. As crianças falavam baixo, prestavam atenção e quando queriam alguma coisa sussurravam nos ouvidos dos pais e obedeciam a resposta do mesmos. Uma coisa linda. Fiquei até mesmo com uma vontadew enorme de ter filhos. Ingleses, é lógico.
Depois, minha irmã saiu pelo shopping comprando tudo à sua frente, minha mãe ao seu lado, e eu já cheia de ver bolsinhas rosas que caibam o celular, a câmera imbutida e o guarda-chuva de grife. Blah...
O que eu queria mesmo um conjunto de bolsa e sapato de oncinha, mas a minha irmã tem essa tendência de monopolizar a atenção e eu fiquei dois passos atrás, carregando sacolas.
Voltamos para casa. Eu tinha um jantar de dia dos namorados para ir... Fui convidada duas vezes. Mas era para ver um monte de casais se abraçando e ninguém pode me culpar por preferir ficar em casa. Ouvindo "O Bloco do Eu Sozinho", lendo "Lolita", ouvindo a chuva lá fora, pensando em um milhão de coisinhas.
Já desde o começo o dia estava fadado a ser uma situação sem possíveis vencedores.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 6/13/2004 11:27:00 AM
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