mais um adjetivo para volúvel ->
5.03.2004
Não Conta para Ninguém
Havia um tempo, há pouco tempo atrás, em que as árvores seriam diferentes, que o sol iria iluminar meu rosto de maneira distinta, fazendo-me parecer como vinda de um filme noir, ao melhor estilo Bogey-Bacal, andando pelas ruas com uma indiferença tocante e um jeito único de ser. Daí vem a realidade provar que tudo isso não passa de uma projeção irreal do meu subconsciente, que está sempre buscando glamourizar o cotidiano e me fazendo procurar estrelas no chão de concreto com esperança infantil.
É estranho tirar esses óculos e perceber-se alguém bonita, com potencial e que enxerga além de seu nariz. É bom saber que a imaginação não falhou e que tudo aquilo que não poderia ser não foi e tudo o que poderia ser foi, ao mesmo tempo. Estou com uma sensação de libertação de algo a que me vi presa durante anos e agora, somente agora, pude me dar conta de que era tudo um grande sonho americano que continua sendo inatingível. COntinuo eu, aqui, na mesma situação. Só um pouco menos ligada em projetar e injetar a mente com coisinhas que não fazem o menor sentido. Estou feliz, plena, mas saem esperar ou desejar.
Uma noite mudou minha vida. Só que eu ainda não sei como.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 5/03/2004 12:17:00 AM
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