mais um adjetivo para volúvel ->
4.13.2004
Surrealismo
Hoje foi o dia do beijo. Hm, que delícia, hmhmhm pensa quem vos fala. Afinal de contas, dia de inspirações, expirações e paixões, para terminar numa rima bem babaca.
Estava indo embora, quando vejo que Pierre poderia usar uma carona e acabei oferecendo porque esta é quem eu sou. E quem sabe como sou também enxerga que essa foi uma ótima pra ambos, que passamos a conversar alegremente sobre nossos projetos, isso entre uma tentativa e outra dele de realizar uma ligação. Aí ele dá uma saída para resolver uns probleminhas burocráticos e pede para esperá-lo na porta. Caminho em direção à porta, feliz, contente, faceira, quando, na direção oposta, vejo a namorada de Pierre vindo ao meu enconro, sorrindo e dizendo: "oi" e indo para onde PIerre estaria. Congelo e penso se deveria ir embora ou aproveito o tempo para pensar no que fazer. Sentei e comecei a ler Henry Miller - o que mais?... - e esperar por Godot. Volta ele - com a namorada um passo atrás, me dá um leve toque no ombro: "Vamos?", e eu não sabia se perguntava se ela iria também, se eu estava sonhando ou se ele sabia que ela estaria lá - o que não parecia.
Só sei que beijo por beijo, eu fico no psicológico. E aguardando minha próxima ida à Casa da Matriz. Porque desse mato não sai coelho, mas raposas loucas para comer criaturinhas burras, indefesas e que permitam serem tratadas com um 'tsc, não fala besteira' na frente de estranhos. Eu, não.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 4/13/2004 11:51:00 PM
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