Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

4.05.2004

Explode Coração

Hoje foi um daqueles dias de se jogar no lixo sem pestanejar. A energia parece não ter conspirado a meu favor e eu parecia alheia a tudo à minha volta, num momento rain man - no caso, rain woman - de profundo altismo e imersão no meu riquíssimo universo interior.

Todo mundo sofre de crises pessoais e acho que a maior prova disso é o conteúdo dos blogs. E cada louco tem lá suas manias e preferências. No meu caso, eu falo soznha no carro quando tenho que conversar com alguém que não está lá no momento ou simplesmente por não ter ninguém com quem desabafar. Hoje eu entrei no carro e liguei o som bem alto e comecei a discutir a minha atual situação na faculdade: estou com um personagem dificílimo em uma cena fragmentada que depende de muitos outros para acontecer; e, ao que parece, as pessoas têm as suas cenas importantes e aquela dali é uma pontinha sem importância. E hoje tivemos uma reunião de turma para falar sobre isso e uns infelizes dizem que a culpa das coisas não estarem andando e que ninguém vê as cenas dos outros. Isso numa turma onde ninguém tem tempo nem para ensaiar. EU vejo muuuitos ensaios e sinceramente não posso dizer que isso me ajuda na hora de ensaiar. Porque para se poder produzir algo, eu tenho que fazer esse algo, testar, procurar novas maneiras.

Enfim, eu fico naquela desistimulação e conseqüentemente brochada. É a minha mini-biografia.

Aí, quando eu ia começar a discutir sério com o Pierre sobre isso, entra a sua namorada, senta num canto e fica esperando ele sair, olahndo apr ao relógio e para suas roupas. E tudo trava e nada acontece, quando eu me pergunto o que é que ela tem que fazer no meio da minha aula, que isso é absurdo, além de ir contra as regras. Aí ela me olha e avalia o que eu estou vestindo, olha para Pierre e Pierre passa a ignorar minha mão levantada para falar e termina rapidamente a reunião.

Gritei, berrei discuti comigo mesma, pesei prós e contras. A Janis - Joplin - dizia: "Try, just a little bit harder" e o Frank Sinatra - me dizia "That's life [...] You're riding high in April, shut down in May", enquanto na minha obsessão a minha mente pensava "... mas se eu tivesse um amor, a vida seria diferente".

Cheguei em casa às 23 horas e dei uma olhada no blog. Ninguém se ofereceu para ser meu mentor. Nem deixaram uma brincadeira ou um trote. É isso é que é estar por baixo da carne seca: suja, com os pés fedorentos, des-comentada, roupinha um pouco amarrotada e a cabeça cheia de coisas e de homens e de lutas. Meu celular tocou.

*pausa de encantamento infantil com a possibilidade de algo acontecer*

Era um spam.

*sai correndo chorando*

Tadinho do meu travesseiro...


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 4/05/2004 11:35:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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