mais um adjetivo para volúvel ->
3.16.2004
Quase um Criminoso
Vera Miles e James Mason em A Touch of Larceny
Poucas pessoas hoje em dia ouvem falar em James Mason, ou mesmo já viram o filme que se tornou o-seu-clássico, Lolita. Eu passei anos correndo atrás de uma cópia do filme que fosse além dos snipets que vi na internet, das fotinhas que só instigavam ainda mais a minha curiosidade. Afinal, Lolita é quase um ícone comportamental para qualquer garota que deseje se tornar o centro das atenções, principalmente se nele - no centro - houver homens grisalhos, inteligentes e sexys esperando.
Aliás, própria história de Lolita tornou-se uma coisinha boba, como se ela fosse uma garotinha vestida de estudante, marias chiquinhas e saias plissadas, sentada no colo de algum senhor. Na verdade verdadeira - redundância desejada - o livro de Vladimir Nabokov fala do amor obsessivo de Hubert Hubert por essa menina de aparência inocente e maneiras quase profanas, das que fazem, sem o menor esforço mas com toda a intenção, um pirulito tornar-se um símbolo de prazer sexual e ao mesmo tempo, tem uma alma usurpadora. É a mulher fatal em corpo demenina, o alguém que sabemos não fazer bem, mas pelo qual somo invariavelmente atraídos até estarmos no fundo do poço.
Eu ainda queria ser Lolita. Mesmo umpouco mais velha e com um pouco menos de inocência e sem a sutileza, é interessante essa possibilidade... Mas, voltemos ao Hubert.
Eu falei isso tudo por causa do James Mason. Esse sim, era um tipo de Lolita. Lembro-me de um filminho, Quase um Criminoso (A Touch of Larceny), em que ele dançava com a Vera Miles The Nearness of You de rosto colado. Em um momento, ele olhava para ela, que já lutava para se conter e ficam a milímetros de distância, trocando hálito, olhares e uma energia sexual de fazer inveja a qualquer casalzinho se agarrando na escadaria da Lapa. Tensão sexual. Lembro de ficar arrepiada quando vi a cena pela primeira vez, um desejo latente de que algo remotamente parecido - ou melhor ainda, igual - algum dia acontecesse com que vos escreve. A partir daí, gravei o filme, tentei comrpar o poster na e-bay - mas não consegui que o carinha o enviasse para outro país - e me tornei fã de:
The Nearness of You
Words & Music by Ned Washington & Hoagy Carmichael
It's not the pale moon that excites me,
That thrills and delights me, oh, no —
It's just the near - ness of you.
It isn't your sweet conversation
That brings this sensation, oh, no —
It's just the near - ness of you.
When you're in my arms,
And I feel you so close to me,
All my wildest dreams come true.
I need no soft lights to enchant me,
If you'll only grant me the right
To hold you ever so tight,
And to feel in the night
The nearness of you.
Quase um vício. Um maravilhoso vício. Homens assim deveriam ser presos e trancafiados. No meu porão.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/16/2004 09:33:00 AM
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