Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

3.25.2004

Quando já se tem idade suficiente...

Eu adoro andar pela zona sul, principalmente pela área chique onde a vida parece ter outro significado e um pacote de band-aid com 10 custa R$ 1,80 naquela farmácia fuleira pertinho do bar. É quase uma realidade paralela, onde se pode ver tulipas, lírios e rosas aveludadas sendo vendidas na praça, enquanto as crianças correm e suas babás tentam parecer interessadas nas estripulias e estórias delas. Adorei poder sentar num banco e ser recepcionada pelos guardas municipais, que me deram 'boa tarde' espontaneamente.

Senti-me revigorada para ir à aula, onde, tenho que confessar, não tenho me sentido muito bem. Minha cena não anda, as pessoas não querem ensaiar e ficam batendo papo, enquanto eu acabo sentada com Pierre e dando pitaco nos exercícios dos outros, pensando em como deveria estar fazendo as minhas coisas. Anyway, divago. Voltando para a minha energia positiva adquirida nas ruas da zona sul, eu hoje fiquei pensando em todas as vontades que temos e não colocamos para fora, ou seja, aqueles desejos que se tornam ceninhas mentais do quê deveria estar acontecendo naquele momento em que não estamos fazendo o que desejaríamos. É como ficar olhando para seu objeto de desejo e ver-se indo até ele e dando-lhe uma lambida no ouvid o e dizendo algo como: "vem, meu bem" - brega isso de 'meu bem', mas está funcionando como exemplo e exemplos são meramente ilustrativos e não poéticos e bem escritos. Algo didático.

Hoje, lá sentada e olhando para uma cena de um casal em fuga, eu olhava para toda aquela tensão e sensualidade mostrados na forma mas crua e cenicamente suja e - pronto! - estava eu pensando como eu gostaria de estar ali, faznedo aquela cena e como as coisas aconteceriam... Nunca havia me dado conta de como eu merecia fazer uma cena emocional e forte assim. Aí pensei nos motivos pelos quais eu deveria estar fazendo essa cena e revi o momento emq ue Pierre me perguntou que cena eu queria fazer e eu diria que queria essa cena, ao invés de lhe dar a liberdade de me colocar no personagem que ele julgasse ser o melhor para mim. Logicamente que isso mata, temporariamente o tesão que tenho pela minha própria cena, uma cena que depende de muita gente para acontecer, mas que também é foda. Eu me vejo, então, indo em direção à antesala, logo ali fora, e exigindo da galera que bate-papo e finge estar ensaiando, ensaio de verdade.

Mas acabei me divertindo, falando de massagens em pés, de motivos subliminares, objetivos, desejos ocultos, machismo, servidão...


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/25/2004 11:39:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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