Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

3.31.2004

How Deep is Your Love?



Estou me saindo uma brega de mão cheia. Eu lembro dos bailinhos de antigamente - não tão antigamente assim, mas nada de raves e noitadão até de manhã - em que havia sempre a música da ficada, aquela emq ue todos os casais e namoradinhos iam arrulhar na varanda, do lado de fora, seja onde for. Eu era sempre a que ficava na mesa, guardando as bolsas das outras meninas e achando aquilo tudo muito infantil, nem me dando ao trabalho de olhar em volta. Agh, menininhos insípidos.

A gente cresce e desaparece, se não nos colocarmos à vista. Se eu me escondo, ha-ha-ha, ninguém me vê. E não pensem que é fácil manter um equilíbrio entre esses dois comportamentos: existe sempre aquele amigo (ou auqela amiga) que está sempre namorando sério e quando diz que "quer ficar sozinho(a)", aparece com um novo amor-perfeito apenas dois dias depois. Já outros que procuram, desesperadamente, por um namorado(a) e parecem estar num eterno encalhe amoroso. É questão de se fazer visível. Porém, quando estamos falando de relação, temos que levar em conta o outro lado, o Outro, aquela pessoa a quem queremos atrair ou repelir e molda nosso comportamento diante dos acontecimentos mais banais. É quando se vai comprar pão, desgrenhado, usando uma calça de pijama e camiseta e damos de cara com o amor-da-sua-vida ou aquele-inimigo-odioso. Tentamos nos arrumar e passamos na frente deles numa falsa pose de dignidade ou nos escondemos no carro e esperamos uns dez minutos para voltar à padaria. Só que ele/ela, pode muito bem ver você, falar com você, mudar a sua reação em uma fração de segundo, principalmente quando isso é a última coisa que você esperaria dessa pessoa.

A vida tem dessas coisas. Hoje eu estava na aula, pronta para mais um dia comum de falta de críticas, falta de contato e faço de tudo para permanecer nula. E é justamente nesse dia que acabo virando o centro das atenções, viro o foco. Eu e meu cabelo desgrenhado, minhas tosses, meu nariz escorrendo. E porque hoje era um dia de provar minhas teorias de ser tratada com uma leve pitada de "eu vou fingir que você não está aqui", fui constantemente lembrada de que não só estava lá, como que eu estava em relação. Durante três horas, passei duas horas emeia tendo cenas voltadas e repetidas por minha causa, por causa da minha atuação; ouvi críticas abertas, fui mal, fiz de novo, fiquei sem-graça, com aquele medo gostoso de "será que eu consigo?". E eu "sei lá", porque achei que tudo foi meio merda da minha parte.

O único momento estranho foi quando Pierre começou a se defender das suas próprias críticas: "Eu não estou dizendo isso porque deve ser uma marca, não estou falando nada....", enquanto eu tentava compreender porque diabos ele precisava defender seu ponto de vista daquela maneira, se protegendo do que eu estava falando se ele estava claramente certo. Eu devo ser incrivelmente intransigente, além de meter um medo fodido nas pessoas.

Enfim, estou me estendendo. Preciso ainda tomar mel+própolis e ir para a caminha, dormir com os anjos. E rezar para estar um pouco melhor amanhã.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/31/2004 10:06:00 AM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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