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Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

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3.08.2004

Alguém tem que Ceder


Keanu Reeves em Alguém tem que Ceder. Hmmmmm... Foto de divulgação


Ontem fui assistir à pré-estréia de 'Alguém tem que Ceder', mais uma das infelizes traduções para o português de Something's Gotta Give, de Nancy Meyers. Quase nove horas da noite, em um shopping a quinze minutos de carro de distância, sozinha. Comprei meu convite com excitação de uma garotinha, já que iria ver o mais novo filme de Keanu Reeves. Ah, Keanu Reeves. Por precaução, levei meu livro-para-situações-fora-de-casa, Sexus, do Henry Miller, caso o tempo demorasse a passar.

Só que eu esqueci que, sessões domingo à noite para filmes de comédia romântica são para casais. De todas as faixas etárias e estilos, mas, nonetheless, duplas que trocam beijinhos e se dão as mãos, além de discutirem o absurdo preço da bombonière e das entradas de cinema nos fins-de-semana. O cinema deveria ter 250 lugares e só um não estava ocupado, aquele ao meu lado, onde descansava minha bolsa e garrafa d'água. 124 casais. E eu e minha bolsa. Senti-me como em um filme de Steve Martin - quem se lembra do título - sobre um solteiro em NYC, onde tudo parece ser feito para os pombinhos, mores e sei lá mais o quê.

Na fileira à frente de onde eu estava, dois casais conversavam sobre crítica de cinema, dizendo que não tinham a mínima obrigação de compreender um filme, só saber se era 'legal', ou não. Que crítica era 'coisa de gente babaca', que não entendia nada e preferia continuar assim. Quase dandoa asi mesmo um atestado de ignorância voluntária e vergonhosa, no seu discurso em que só se deve saber sobre aquilo com que trabalhamos. Uma doçura de rapaz - ironicamente - e posso entender porque não está no mercado dos 'disponíveis'. Ah, todos os bons já foram fisgados...

O filme é legal, eu me diverti, ri, achei fantasticamente engraçado e leve, mas - nossa! - encontrei vários errinhos técnicos que, nos dias de hoje, não poderiam mais existir na cópia final de um filme. Aliás, todas essas aparições de microfones, braços e pernas de equipe técnica, tudo isso faz pare de um desleixo generalizado no cinemão hollywoodiano. Espero que seja passageiro. A Diane Keaton está maravilhosa, o Jack Nicholson idem, a Amanda Peet surpreende e o Keanu Reeves, hm, nossa, me deu vontade de gemer de tão perfeito, com aqueles olhares furtivos, a admiração e o jeitinho príncipe encantado. Hm! Como diria a Krix do keanuvision, "you just wanna make sex sounds".

E o filme me deixou com a vontade imensa de chamar alguém para um jantar romântico. E me deprimiu quando vi que não tenho ninguém.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 3/08/2004 12:49:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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