mais um adjetivo para volúvel ->
2.08.2004
Saudade
Eu lembro da primeira vez em que ouvi aquela velha estória: "A palavra saudade só existe em português". Virou até clichê, para provar a inteligência. Algo como dizer: "Você sabia que quaisquer é a única palavra da língua poruguesa cujo plural vem no meio da palavra?". Bem no estilo decoreba de algum guia dos curiosos, desses tais que podem ser encontrados na mais rápida busca no Google! - ou semelhante...
Não sei porquê escrevi isso. Acho que é para evitar os pensamentos que circulam na minha cabeça, me deixando meio sem rumo.
Hoje eu estava deitada na cama, ouvindo Radiohead, olhando para as nuvens passando pela minha janela, ouvindo Elis Regina e imaginando milhões de coisas em fragmentos de segundos. É interessante - e talvez um pouco óbvio - dizer que todas elas tinham algum caráter sexual. Talvez seja a falta, ou talvez o excesso de pensamentos, ou mesmo a indicação de uma necessidade. O que importa mesmo é que isso é a verdade.
Eu comecei pensando na vida, chegando a conclusão de que nunca fiz algo louco,a lgo realmente fora dos meus padrões (e meus padrões não são tão diferentes dos de outras pessoas), algo como pular de bungee jump. Ou talvez ter um romance com uma outra mulher. Romance não. Caso. Tórrido. Ou talvez participar de uma suruba, mas com a AIDS, essa teoria do "eu não sou de ninguém" realmente fica aleijada. Eu também sei que já fui a dois bares gays e nunca me senti atraída por outra mulher. Só acho que seria uma experiência.
Depois que comecei a pensar no assunto, imaginei se talvez a razão para todos esses problemas da minha mvida não se resumem a minha incapacidade de ser um ser sexy, uma dessas mulheres que conseguem andar de salto alto, podem usar batom vermelho e que não ficam ridículas de blush. Eu sou mais do tipo falsa intelectual, dessas meninas que usam óculos, meu anriz não e fino, minhas maçãs do rosto não são saltadas, minha postura deixa a desejar. Eu faço os homens rirem ao invés de fazê-los me desejar ardentemente, ao ponto de perderema cabeça e implorarem por uma noite. Só uma noite... por favor. Por favor. Eu sou dada, para quem quiser e para quem eu queira. Nada elegante. Mas tenho meus truques...
Eu sempre volto aos mesmo temas. Imagino o que pode ter dado de errado com os anteriores. Imagino que talvez eu tenha um jeito um tanto quanto--forte. Mas, foda-se, esse é o meu jeito. E homens não podem ser tão babacas ao ponto de sentirem medo disso. Para falar a verdade, eu queria até saber como me comportar de maneira diferente, só para saber se funcionaria.
por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 2/08/2004 08:42:00 PM
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