Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

2.03.2004

Ne me quitte--pas

Quisera eu que o mundo não se tornasse a cada dia um bolo maior de preocupações. Quisera eu que nada aparentasse tão... tão sem solução ou sem esperança de resolução futura.

A cada dois dias é um novo problema que parece como as sombras projetadas em um beco escuro: grandes, deformadas, invencíveis. Logicamente, também tenho a noção de que, com a passagem do tempo e a chegada do 'monstro', percebo que tudo não passava de um gatinho se lambendo ou algo do gênero.

Mas é algo que tento aprender ocm o tempo. Que nada é como parece ser à primeira vista; com a distância e o tempo, o pior dos problemas não passa de estória para um post ou para os netos. Algo que um leve sacudir de ombros leva embora.

'O que pega' é o agora, é a vivência do tal - ou tais - problemas.

Seja ele amar um cara que não te respeita o bastante nem para responder a uma proposta de trabalho;

Ou não conseguir tocar um projeto para frente por depender de pessoas que não querem fazer nada a não ser 'viver cada momento', o que significa noitadas, namorados e talvez substâncias ilegais;

Ou minha conta-corrente, vazia, sem cartão, sem perspectivas, só esprando a minha formatura para deixar de ser tão legal e me cortar do sistema;

A porra da Lei Rouanet, que nãos e sabe se está ou não funcionando (será que a Maria Padilha mentiu no Segundo Caderno?);

Tempo e dinheiro para terminar o meu cursod e teatro;

Paz para terminar meu roteiro;

Falta de tópico para Trabalho Final da faculdade;

Falta de orientador para o Trabalho Final da faculdade;

Computador que sempre me aguarda com um problema diferente...

Gostar do cara do primeiro problema mesmo depois de tudo que ele já - não - fez.

Soa banal e adolescente reler o post. Mas como estou na casa dos vinte posso me dar ao luxo de falar 'né?', 'tipo assim' e ouvir em repeat:

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas


(letra de Jacques Brel, de 1959, mas pode ser cantada por Nina Simone, Maysa ou pelo próprio).


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 2/03/2004 07:48:00 PM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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