mais um adjetivo para volúvel ->

 

12.11.2003

Quem quiser que conte outra

Hoje acabei não fazendo o que deveria ter feito, por medo, e fui assistir "Simplesmente Amor". Sabe, quem gosta do Colin Firth deveria ver, pois só de vê-lo, fazendo o que faz, com aquele sorrisinho de menino, é de derreter geleiras e provocar ovulações espontâneas. Minha vontade é estregar o filme e dizer o quê faz a presença de Colin Firth se tornar tão especial... Mas, vale a meia-entrada do cinema.

Acabei descobrindo que comédias românticas - aquelas onde todo mundo que é legal se dá bem, do jeito que sempre sonhou - me deprimem mais do que me animam. Eu não acredito nessa de sonhos que se tornam realidade da maneira exata em que são imaginados, muito menos em cenas públicas de demonstração de amor que não envolvam breguices muito grandes ou álcool. Mas, eu sempre digo que sou volúvel e que estou na vida para me contradizer (quer prazer maior do que esse?).

Nos camelôs, cintas-ligas e lingeries sexies para o Natal dos sem-roupa-graças-a-deus, lembrando-me a todo instante de que não serei a coelhinha/mamãe noela/empregadinha/dominatrix de ninguém nesse fim-de-ano e que minha lista de presentes para o sexo masculino tem dois nomes: meu irmão e meu pai. Só. Nada de cuecas de seda preta ou uma camisa bem bonita para passar o ano-novo (por que essa obsessão das mulheres em dar de natal para seus respectivos a roupa para o ano-novo?) e muito menos receber uma viagem para um cantinho do mundo, para uma comemoração pornô desse feriado tão tradicional.

Comprei um pacotinho de queijo Brie genérico (o nacional) e me deleitei com uma latinha gelada de coca-cola e brioches, enquanto via a Maria Clara Diniz e o Marcos Palmeira em seu coito de amor todo próprio e tão lindamente brega, tais como encontros em uma padaria no idílico Andaraí de Gilberto Braga.´Será que as minhas respostas estão no Andaraí?...

por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
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