Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas Caminhos Tortuosos no Descampado sem Curvas
Sem poder me virar, seguir em frente, ou chegar a uma conclusão, eu me sento e escrevo, sem saber muito bem o quê.

mais um adjetivo para volúvel -> The current mood of acredoce at www.imood.com

 

11.29.2003

Hier

Ontem acordei com uma sensação estranha. Na boca do estômago, nos braços e pernas, nos pensamentos. A noite foi marcada por pesadelos envolvendo membros da família, pessoas que não vejo há tempos e pessoas que nunca vi de perto, apenas em filmes. Junte a isso cobras que mais parecem minhocas gigantes,k um supermercado gigante, carros e voilà, posso ser vista rolando na cama e acordando de supetão, vendo que tudo que sobra do poço do incosciente é o medo do que ele pode projetar.

Não sei se foi a partir daí, do pesadelo, que o mundo ficou tão estranho e tenho a nítida impressão de estar no lugar errado e na hora mais imprópria, vestindo trajes que não condigam comigo. Como se estivesse me dando conta de um campo energético/magnético exterior que me puxa para além do que há aqui, do que meus olhos alcançam.

E isso tem conseqüências, algumas delas graves. Uma pequena batalha interna para não adentrar um mundo de sonhos e devaneios, uma Passárgada, um paraíso pessoal e tenho que sentir o calor daqui, as gotas de suor escorrendo pelo corpo, as vozes, a matéria da faculdade, a reunião de trabalho, qualquer coisa que me mantenha apegada à realidade. Agora, nesse exao momento (01:35 am) queria estar em outro lugar, neve lá fora, lareira, um ombro para que eu possa descansar e perder a noção do tempo, um filme do Cary Grant em sua fase elegância-acima-de-tudo (Charada, por exemplo). E talvez assim a vida não fosse tão difícil, tão chata e irremediavelmente real. Não me importaria de ir ao banco ou fazer um trabalho sobre administração de hotéis japoneses se acaso fosse predestinada a viver tranqüilamente, blissfully.

Mas aí, sinto o mosquito sugando meu sangue, minha matéria quase prima. Eu estou aqui, sentada, sonhando e imaginando uma realidade paralela com imperfeições de perfeição inacreditável. Complicada como a arte barroca e simples como todo sonho parece ser. Minha realidade paralelo-paradisíaca, querendo que o alguém que fala se "uma coisa que engloba várias outras coisas"* viesse a se transformar em uma passagem para o Tahiti.

*= frase retirada de um documentário, "O que é cultura?" que vi na faculdade.


por acredoce, autora nunca publicada e raramente lida.
preenchimento do cabeçalho obrigatório: 11/29/2003 01:43:00 AM |

 

 


 

 

 

mais tentativas de fazer algum sentido

 

se eu mdaur a oredm das lerats vcoe anida vai me etnedenr?

 

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